O aumento de casos de dengue e a primeira morte confirmada no Acre em 2024
Um detento identificado como Ivan Souza da Silva, de 31 anos, faleceu no último domingo (14) de dengue hemorrágica no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Essa é a primeira morte confirmada pela doença no estado em 2024.
De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), que emitiu uma nota de esclarecimento nesta segunda-feira (15), o detento estava internado há 18 dias e o hospital havia solicitado a transferência fora de domicílio (TFD) para que ele pudesse dar continuidade ao tratamento em Rio Branco.
"No entanto, devido ao nível de plaquetas do paciente não se estabilizar, não foi possível realizar a transferência", adiciona a nota, assinada pelo presidente do instituto, Alexandre Nascimento.
Na certidão de óbito, consta que as causas da morte foram "hemorragia intraparenquimatosa, plaquetopenia e dengue".
O Iapen informou também que a família do detento estava acompanhando a situação no hospital e que o instituto está realizando os trâmites para o velório e enterro.
Situação de emergência no Acre
O governo do Acre decretou situação de emergência devido ao aumento de 106,6% nos casos de dengue. O decreto foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 5 de janeiro e possui validade por 90 dias.
Segundo dados do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), entre janeiro e início de dezembro de 2023 foram notificados 5.445 casos de dengue no estado acreano. Desses, 3.755 foram confirmados.
Na primeira semana epidemiológica do ano, foram confirmados 32 casos da doença no Acre. Entre os dias 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024, foram registrados 32 casos em seis municípios, de acordo com os dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizados em 10 de janeiro.
Casos de dengue no Acre:
Primeira semana de 2024:
Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses
Conclusão
A morte do detento por dengue hemorrágica no Acre é um alerta para a gravidade da doença e a necessidade de medidas mais efetivas de combate ao mosquito Aedes aegypti. O aumento significativo de casos e a decretação de situação de emergência evidenciam a urgência de ações conjuntas entre o poder público e a população para combater a dengue e prevenir novas mortes causadas pela doença.
É fundamental que a população se mantenha informada sobre as formas de prevenção, como eliminar possíveis criadouros do mosquito e utilizar repelentes. Além disso, é necessário que as autoridades intensifiquem as campanhas de conscientização e adotem medidas eficazes para o controle do mosquito transmissor.
Somente com uma atuação conjunta e efetiva será possível reduzir os índices de dengue e evitar que mais vidas sejam perdidas para essa doença grave.
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