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Nunes vê queda no número de alagamentos e compara escoamento de ruas em SP a jogar balde cheio em uma pia: 'água não sairá no momento'

O prefeito de São Paulo defende investimentos em medidas contra enchentes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu nesta quinta-feira (11) os investimentos feitos por sua gestão em medidas contra enchentes e recorreu a analogias para explicar os alagamentos que deixaram diversas ruas da cidadeembaixo d?água.

Nas estatísticas de Nunes, apesar dos eventos climáticos adversos, a capital registrou um número menor de alagamentos do que em anos anteriores.

O temporal desta quarta inundou diversas vias das regiões de Santa Cecília, Campos Elíseos, Barra Funda e Bom Retiro.

Nas redes sociais, moradores responsabilizaram o prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e cobraram ações efetivas para combater enchentes, problema recorrente em todo verão.

O procurou a Prefeitura de São Paulo, que afirmou que investiu nos últimos dois anos, valores recordes no combate às enchentes, foram R$ 1,99 bilhão em 2022 e R$ 2,13 bilhões em 2023 (leia mais abaixo).

Imagens feitas por moradores desses bairros mostram vias como o entorno do Elevado Presidente João Goulart, o famoso Minhocão, completamente tomada pelas enchentes.

Em um dos registros, os moradores fizeram até um meme apontando que a cidade "acaba de inaugurar enchente de dois andares?, uma vez que a parte de cima do elevado também registrou pontos de alagamento que impediam a circulação normal dos carros.

Na esquina da Avenida São João com a Rua Helvetia, a água da chuva invadiu postos de gasolina, farmácias e outros comércios.

Na rua Capistrano de Abreu, na Barra Funda, carros ficaram submersos e começaram a boiar na enchente.

Culto no Bom Retiro

Na esquina das ruas Jaraguá com a Nilton Prado, na região do Bom Retiro, a água da chuva invadiu uma igreja evangélica durante a realização de um culto.

Cerca de 15 pessoas que participavam da celebração ficaram ilhadas dentro do local e tiveram que deixar o prédio com a água já batendo na cintura.

Ela reclama que a subprefeitura da região não faz o devido serviço de zeladoria na área.

?A gente ligou, um foi passando para o outro e ninguém se responsabilizou. Eu perdi as coisas do bazar, a igreja está desse jeito e eu quero ver quem vai se responsabilizar pelo prejuízo?, desabafou.

Na mesma esquina da pastora, o gerente de uma empresa de serviços de entregas chegou na manhã desta quinta (11) com a empresa toda suja de barro.

?Tem dois anos que a base está funcionando e é sempre desse jeito. Antes de ir embora a gente tem que subir todas as coisas porque não sabe como vai encontrar no dia seguinte. Hoje provavelmente vai chover de novo e vai ser a mesma calamidade. A gente tem que se prevenir, fechar as coisas antes da chuva e subir tudo pro alto. Os moradores falam que tem 30 anos que moraram aqui e todo ano é a mesma novela?, contou Samuel Ferreira da Silva.

O que diz a Prefeitura de SP

Por meio de nota, a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), por meio da Subprefeitura Sé, disse que "os endereços citados se encontram no cronograma de trabalho. Nos locais são realizados os serviços de limpeza de bueiros (poços de visitas e boca de lobo), limpeza urbana diária, como varrição (em 3 turnos), cata-bagulho e coleta domiciliar. Após as chuvas, as equipes de limpeza atuam nos locais afetados".

"A SMSUB e as 32 Subprefeituras realizam ações de prevenção o ano inteiro, intensificando os serviços de zeladoria, além de 15 intervenções para reduzir as áreas de risco como: contenção de taludes das margens de córregos, de encostas, obras de drenagem e jardim de chuva. No período entre 2021 e 2023, a SMSUB finalizou 63 obras que colaboram para reduzir as áreas de risco. A pasta também realiza a poda de árvore e remoções de exemplares arbóreos que estão com a saúde comprometida. De janeiro a dezembro do ano passado, foram podadas 177.569 árvores e removidas 14.076", disse a nota.

"A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) executou 7 intervenções para contenção de cheias e recuperação do sistema de drenagem na região da Subprefeitura da Sé, com um investimento de R$ 52,2 milhões. As obras estão localizadas no Córrego Anhanguera, Rua Cesário Mota, Rua Monsenhor Alberto Pequeno, Rua Raimundo de Brito, Av. Nove de Julho, Rua Cassio Martins Vilaça e Al. Barão de Limeira. A pasta está também com a licitação dos projetos de drenagem do Córrego Anhangabaú em andamento", completou.

Reação política

Nas redes sociais, parlamentares de oposição ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) acusaram a atual gestão de não fazer os investimentos necessários na cidade para mitigar os efeitos das enchentes.

"Com as mudanças climáticas, que não são nenhuma novidade, eventos climáticos extremos como essas chuvas torrenciais e as enchentes, serão cada vez mais comuns. Cabe ao Poder Público (prefeitura) atuar para evitar as complicações dessas tragédias: Políticas públicas de mitigação e adaptação das nossas cidades para preservar os cidadãos. O atual prefeito de SP enfiou o dinheiro debaixo do colchão da prefeitura e não investiu em prevenção às enchentes", escreveu a deputado federal Erika Hilton (PSOL).

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