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Moradores da Vila Sahy, em São Sebastião, fazem protesto contra demolição de casas no local

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Moradores da Vila Sahy protestam contra demolição de casas e reivindicam participação no processo de reconstrução

No domingo (3), os moradores da Vila Sahy, localizada em São Sebastião, realizaram uma manifestação contra a demolição de casas e pediram por mais transparência e participação da população no processo de reconstrução do bairro, que foi fortemente afetado por um temporal em fevereiro deste ano, resultando na morte de 64 pessoas.

A manifestação ocorreu após a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) solicitar à Justiça, na semana passada, a remoção imediata dos moradores das áreas de risco da Vila Sahy, bem como a demolição de 893 imóveis no local.

Protesto pacífico na Vila Sahy

O protesto teve início às 8h, na praça principal da Vila Sahy, onde os moradores carregavam faixas e cartazes contra as demolições, além de pedirem maior participação no processo de reconstrução. Sua marcha seguiu em direção à Barra do Sahy e chegou até a praia, onde ocorreu o evento de natação livre Fuga das Ilhas, um dos maiores do país.

Embora pacífico, o protesto contou com a presença da Polícia Militar para garantir a segurança. Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação, que se encerrou por volta das 10h.

Pedido da Procuradoria-Geral do Estado

No documento enviado à Justiça, a Procuradoria-Geral do Estado justifica a necessidade de remoção dos moradores para garantir suas vidas. Relatórios sobre os riscos de novos deslizamentos na Vila Sahy também foram anexados ao pedido.

A PGE alega que a área deve ser desocupada devido ao perigo de deslizamentos de terra em caso de chuvas intensas, o que poderia resultar em destruição e mortes. Segundo os procuradores, é fundamental abrir espaço para as obras que possam prevenir essas ocorrências.

Uma reunião virtual foi marcada para a próxima terça-feira (5) para definir exatamente a área de risco e quantas famílias serão afetadas. Além disso, a Justiça solicita informações sobre o cronograma de remoção dos moradores e para onde eles serão levados, caso o pedido seja aceito.

Em 1996, um estudo realizado pelo Instituto Geológico já alertava para o risco de deslizamentos na Vila Sahy. Ao longo dos anos, o bairro cresceu e, este ano, foi severamente impactado pelas chuvas em fevereiro, resultando na tragédia que vitimou 64 pessoas.

No mês de setembro, o governo anunciou a demolição de 390 casas condenadas pela Defesa Civil. Além disso, estão sendo construídas 518 moradias no bairro Baleia Verde para abrigar as famílias que perderam suas casas na tragédia, juntamente com outras 186 em Maresias.

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