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Dona de agência no AC investigada por estelionato cancelava passagens e sumia, dizem clientes

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Clientes da agência Paiakam Turismo enfrentam dificuldades após cancelamento de viagens

Os relatos são semelhantes: pais que compraram passagens para cidades do Nordeste para comemorar o aniversário de 15 anos das filhas, viagens canceladas pela agência e dificuldade em conseguir ressarcimento ou ao menos contato com a dona da empresa. Essa é a situação de clientes da agência de viagem Paiakam Turismo, que está no centro de uma investigação de estelionato. A dona da empresa, Cleonice Costa, chegou a ser presa pelo caso, mas foi solta após audiência de custódia.

Planejamento frustrado

A pedagoga Ocicleia Cabral se planejou para comemorar o aniversário da filha em João Pessoa. Ela participava de um grupo em aplicativo de mensagens no qual a Paikam Turismo divulgava promoções, e, no mês de julho, aproveitou os preços atrativos para garantir a viagem. Dois meses depois, foi avisada sobre o cancelamento dos bilhetes.

Ocicleia diz ainda que chegou a procurar a agência para solicitar a devolução do valor pago, mas não conseguiu falar com Cleonice. Após várias tentativas de contato, sem sucesso, ela relata o sentimento de frustração dela e de vários outros clientes com histórias semelhantes.

Ela conta que teve um prejuízo de R$ 3 mil, e lamenta que todo o planejamento para o aniversário da filha tenha sido desperdiçado.

Falta de retorno

Wellinton conta que tentou falar com a empresa para negociar o estorno, ou até prorrogar o prazo para embarque e, quem sabe, conseguir uma nova data para a viagem, mas não recebeu nenhum retorno.

Ele critica ainda a justificativa dada pela empresária para os cancelamentos. Segundo Cleonice, a Paikam foi prejudicada por uma outra empresa que fornecia passagens, e que entrou com processo contra essa fornecedora.

Defesa alega ameaças

Cleonice Costa foi presa na quinta-feira (30) suspeita de estelionato em Rio Branco. Ela é investigada por suspeita de enganar diversas pessoas que compraram passagens e pacotes de viagens. Ela foi solta após audiência de custódia.

À Rede Amazônica Acre, a advogada Vanessa Paes disse que a sede da empresa está fechada por conta de ameaças recebidas por Cleonice. Vanessa também alega que a agência está tentando outros fornecedores para emitir passagens e que está devolvendo valores a clientes.

?A Paiakam teve que fechar sua sede física devido a muitas ameaças de morte, de agressões físicas, inclusive por redes sociais, pessoalmente. Algumas pessoas começaram a perseguir [Cleonice] em locais públicos, e acabou que foi necessário fechar. Isso é uma coisa que agrava, pois a empresa está tentando trabalhar com outros fornecedores, as passagens estão sendo emitidas corretamente, a empresa está fazendo acordos e fazendo devoluções também pros clientes?, alega.

Rayane Araújo, outra advogada de Cleonice, afirma que a Paikam não está de posse dos valores pagos pelos clientes, e voltou a argumentar que foram repassados a uma outra fornecedora, que foi a responsável pelo cancelamento dos bilhetes.

Porém, em um email encaminhado à Paiakam pela fornecedora, ela afirma que suspendeu os repasses dos valores para que sejam devolvidos aos clientes judicialmente. No mesmo documento, eles alegam que a empresa Paiakam não tem comparecido às audiências já realizadas, dificultando a realização de acordos.

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